
Educação Financeira nas Escolas em 2025: Entenda o Impacto do Programa “Na Ponta do Lápis”
Educação financeira chega às escolas com o programa Na Ponta do Lápis. Veja como isso impacta jovens, famílias e o futuro financeiro do Brasil a partir de 2025.
Por : Carlo Frederico leite
8/28/20258 min read


Educação Financeira nas Escolas em 2025: Entenda o Impacto do Programa Na Ponta do Lápis na Sua Vida
Educação financeira chega às escolas com o programa Na Ponta do Lápis. Veja como isso impacta jovens, famílias e o futuro financeiro do Brasil a partir de 2025.
Por que esse tema é urgente em 2025?
Eu já passei por aquela fase de acreditar que aprender a lidar com dinheiro era “coisa de adulto” ou “só para quem ganha muito”. Mas os dados recentes mostram que não é bem assim:
70% dos brasileiros apoiam a inclusão da educação financeira nas escolas, segundo o Observatório FEBRABAN.
O endividamento das famílias bateu 78% em 2024, de acordo com o Banco Central.
Mais da metade dos jovens de 18 a 24 anos já inicia a vida adulta com dívidas no cartão de crédito.
A FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos) é a principal entidade representativa do setor bancário do país, reunindo bancos públicos e privados que concentram mais de 90% das operações financeiras do Brasil. Quando a FEBRABAN defende a educação financeira, não é só discurso bonito: é porque ela sabe que inadimplência em massa prejudica todo o sistema.
Segundo relatórios do Observatório FEBRABAN, o Brasil vive um problema chamado super endividamento estrutural: milhões de famílias comprometem boa parte da renda com crédito caro, como rotativo do cartão e cheque especial, sem saber calcular o impacto dos juros. Isso trava o crescimento do país, porque o dinheiro que poderia ir para consumo consciente e investimento acaba sendo sugado por dívidas.
📌 A lógica é simples: menos educação financeira = mais inadimplência = economia mais frágil.
📌 O contrário também é verdadeiro: mais educação financeira = famílias saudáveis = economia mais forte.
Por isso, 2025 marca um divisor de águas: levar esse conhecimento para dentro da escola não é luxo, é sobrevivência coletiva.
O programa Na "Ponta do Lápis"
em detalhes
Quando falamos em educação financeira, muita gente pensa só em “guardar dinheiro” ou “aprender a calcular juros”. Mas ela vai muito além:
É saber planejar um orçamento: quanto entra, quanto sai e como cortar desperdícios.
É entender impostos: perceber que cada produto que você compra já tem tributos embutidos.
É avaliar se vale a pena parcelar algo ou se isso vai te aprisionar em juros.
É enxergar a diferença entre consumir por impulso e investir para o futuro.
É aprender a preparar-se para emergências e para a aposentadoria.
Sem essa base, o brasileiro cai em armadilhas:
Cartão rotativo com juros de mais de 300% ao ano.
Financiamentos longos que dobram o valor da compra.
Falta de reserva de emergência, transformando qualquer imprevisto em nova dívida.
No dia 15 de julho de 2025, em Brasília, o Ministério da Educação (MEC) apresentou oficialmente o programa “Na Ponta do Lápis”. O evento de lançamento contou com a presença do ministro da Educação, representantes da FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), da ABAC (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), da B3 (a Bolsa de Valores oficial do Brasil) e do Banco Central.
O ministro destacou em seu discurso: “O Brasil tem um dos maiores índices de endividamento das famílias na América Latina. Ao trazer educação financeira para dentro da escola, estamos investindo na cidadania. Queremos que cada jovem saia preparado não apenas para o vestibular, mas para tomar decisões conscientes sobre salário, crédito, impostos e aposentadoria”.
A iniciativa prevê um investimento inicial estimado em R$ 120 milhões em 2025, destinados à produção de materiais didáticos digitais, capacitação de professores e desenvolvimento de plataformas interativas. A meta é que até 2026 todos os estados já tenham escolas-piloto aplicando os conteúdos, e até 2027 o programa esteja 100% implementado em toda a rede pública de ensino básico.
📌 Quem terá direito?
Todos os estudantes matriculados na rede pública de ensino fundamental e médio — cerca de 38 milhões de alunos em 140 mil escolas. Além disso, os 2 milhões de professores da rede receberão formação específica.
➡️ No ensino fundamental inicial (1º ao 5º ano): as crianças aprenderão a lidar com conceitos simples, como guardar parte da mesada, entender troco e diferenciar desejos de necessidades.
➡️ Nos anos finais (6º ao 9º ano): serão abordados orçamento familiar, noções de impostos, juros e previdência.
➡️ No ensino médio: entram em cena crédito, juros compostos, investimentos básicos como Tesouro Direto, CDBs, FIIs e ETFs, além de previdência privada e empreendedorismo.
Segundo a presidente da FEBRABAN, “Não é apenas uma questão de finanças pessoais. Jovens preparados ajudam a construir um país mais estável, porque famílias com saúde financeira reduzem a inadimplência, fortalecem o consumo consciente e criam espaço para investimentos de longo prazo”.
📌 Outro diferencial do programa é a forma como será implementado: de maneira transversal. Não haverá uma “matéria isolada” chamada educação financeira, e sim conteúdos integrados às disciplinas já existentes. Matemática será usada para calcular juros compostos; geografia discutirá inflação e custo de vida; sociologia trará reflexões sobre consumo e desigualdade.
Além disso, o MEC anunciou que todos os conteúdos digitais serão disponibilizados em plataformas abertas. Ou seja, não só os alunos da rede pública, mas qualquer cidadão poderá acessar cartilhas, simuladores de investimento, planilhas de orçamento e cursos rápidos desenvolvidos em parceria com a B3 e o Banco Central.
📌 Em resumo: o “Na Ponta do Lápis” é mais do que um programa pedagógico. É uma política pública de longo prazo, criada para combater o super endividamento e formar uma geração inteira de brasileiros que entendam de fato como lidar com dinheiro.
👉 Dimensão do impacto:
Mais de 38 milhões de alunos em 140 mil escolas públicas serão alcançados.
Mais de 2 milhões de professores receberão capacitação.
Apoio de instituições como FEBRABAN, ABAC, B3 e Banco Central, que ajudam a criar materiais, cursos e simuladores digitais.
Como será aplicado?
Ensino transversal: não será uma disciplina isolada, mas integrada em matemática, geografia, sociologia e até projetos práticos.
Capacitação de professores: treinamentos presenciais e digitais para dar segurança ao educador.
Materiais modernos: cartilhas digitais, jogos de simulação, aplicativos de orçamento estudantil.
Projetos escolares: feiras de finanças, oficinas de orçamento familiar, simulações de investimentos.
O que cada fase escolar vai aprender?
Ensino Fundamental (anos iniciais): noções de poupança, diferença entre desejo e necessidade, valor do troco.
Ensino Fundamental (anos finais): orçamento familiar, noções de impostos e previdência social.
Ensino Médio: crédito, juros compostos, Tesouro Direto, CDBs, FIIs, ETFs, previdência privada e empreendedorismo.
📌 Imagine:
Uma criança do 5º ano aprende a guardar R$ 5 por semana da mesada e compra um brinquedo à vista sem pedir aos pais.
Um jovem do ensino médio simula o parcelamento de um celular de R$ 2.000 e entende que a “parcela pequena” no cartão pode custar mais de R$ 2.600 no fim.
Isso é educação financeira na prática.
Comparação internacional
No Japão, finanças pessoais estão no currículo desde cedo.
Na Austrália, alunos usam simuladores de aposentadoria antes de saírem da escola.
Nos EUA, muitos estados exigem disciplina de finanças pessoais para concluir o ensino médio.
O Brasil, com o Na Ponta do Lápis, começa a dar esse passo histórico.
O que muda na sua vida (mesmo fora da escola)
Pode ser que você pense: “Já terminei a escola, isso não é para mim”. Mas é sim. O impacto é muito maior do que parece:
Para jovens adultos: conteúdos digitais do programa estarão abertos em plataformas online. Mesmo quem não estuda mais pode acessar.
Para famílias: pais e filhos poderão discutir orçamento juntos. Isso quebra o tabu de não falar sobre dinheiro em casa.
Para a sociedade: menos dívidas = juros mais baixos = mais consumo saudável. O benefício é coletivo.
Para o mercado de trabalho: empresas valorizam profissionais que sabem lidar com recursos. Isso pode ser diferencial numa entrevista.
📌 Em resumo: mesmo fora da escola, o programa cria um ambiente em que falar de dinheiro é normal, educativo e prático.
Plano de Transformação inspirado no programa
Agora vamos trazer isso para o cotidiano. Aqui está um plano em 4 fases, ilustrado com histórias reais:
Fase 1 — Consciência
Lucas, 18 anos, descobriu ao registrar seus gastos que R$ 480 por mês iam só em delivery. Em um ano, quase R$ 6 mil desperdiçados. A primeira fase é enxergar para onde o dinheiro vai.
Fase 2 — Estrutura
Mariana, 21 anos, montou seu primeiro orçamento: R$ 2.000 de renda, R$ 1.400 em gastos fixos, R$ 200 em lazer, R$ 400 guardados. Estrutura é organizar limites e separar reserva.
Fase 3 — Crescimento
Pedro, 19 anos, investiu R$ 200 mensais no Tesouro Selic. Em 2 anos, acumulou mais de R$ 5 mil. Quando perdeu o estágio, sobreviveu sem precisar de dívida. Crescimento é transformar disciplina em patrimônio.
Fase 4 — Projeção
Ana, 23 anos, simulou a aposentadoria e viu que depender só do INSS não seria suficiente. Começou uma previdência privada (PGBL) e aportes em ETFs. Projeção é pensar a longo prazo e agir como dono do próprio futuro.
Histórias que inspiram
João, 17 anos: aplicou conceitos da escola e ajudou os pais a renegociar dívidas, economizando R$ 4.000 em um ano.
Carla, 16 anos: juntou parte da mesada e comprou o próprio notebook à vista.
Diego, 20 anos: abriu MEI para freelas e reinvestiu os lucros em FIIs.
Dicionário financeiro do estudante
IPCA: inflação oficial do Brasil.
Selic: taxa básica de juros.
CDI: referência para investimentos de renda fixa.
FGC: Fundo Garantidor de Créditos (protege até R$ 250 mil).
Tesouro Selic: título público seguro e líquido.
CDB: Certificado de Depósito Bancário.
FII: Fundo Imobiliário.
ETF: fundo de índice que replica a bolsa.
INSS: Instituto Nacional do Seguro Social.
PGBL e VGBL: previdência privada.
CET: custo total de um empréstimo.
IOF: imposto sobre operações financeiras.
Margem consignável: quanto da renda pode ser comprometido com crédito.
Plano de Ação em 10 passos
Registrar todos os gastos do mês.
Separar 10% da renda para reserva.
Negociar dívidas antes de investir.
Criar meta: R$ 1.000 em 6 meses.
Usar simuladores da B3 e BC.
Abrir conta em corretora confiável.
Investir no Tesouro Selic primeiro.
Reinvestir rendimentos automaticamente.
Ensinar família ou amigos o que aprendeu.
Revisar resultados a cada 90 dias.
Perguntas frequentes
1) É só para escola pública?
Sim, mas privadas podem adotar também.
2) Vai ter prova?
Não exatamente, mas haverá projetos práticos.
3) Isso ajuda no vestibular?
Mais do que isso: ajuda na vida real.
4) Preciso esperar o programa?
Não. Os conteúdos digitais estarão disponíveis para todos.
Educação financeira não é luxo: é sobrevivência. O programa “Na Ponta do Lápis” representa uma mudança histórica: preparar jovens para lidar com dinheiro com consciência.
Se você é jovem, comece hoje. Se já é adulto, compartilhe com sua família. O futuro financeiro do Brasil começa na escola, mas continua em cada casa.
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